Força-tarefa da PBH atua em Venda Nova para recuperar danos causados por temporal

Na regional Venda Nova choveu 51,5 mm em apenas 2 horas

17/01/2025 17h44 - Atualizado há 4 dias
Força-tarefa da PBH atua em Venda Nova para recuperar danos causados por temporal
Adão de Souza / PBH
A Prefeitura de Belo Horizonte está mobilizada desde a noite dessa quinta-feira (16) após a forte chuva que caiu na capital causar estragos pelo grande volume de água. Mais de 350 pessoas, 5 retroescavadeiras e cerca de 40 caminhões trabalham para recuperar os danos. Equipes da Subsecretaria de Zeladoria Urbana (Suzurb), Defesa Civil Municipal, Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel) e da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania (SMASAC) foram deslocadas para as regiões mais afetadas como a Avenida Vilarinho, em Venda Nova; Avenida Teresa Cristina, Oeste da capital; Avenida Heráclito Mourão de Miranda, na Pampulha, e no Barreiro. Na manhã desta sexta-feira (17), o prefeito em exercício Álvaro Damião visitou as áreas afetadas.  

Para atender aos chamados, a Defesa Civil trabalha com 136 profissionais em turnos de 24 horas. Cerca de 50 técnicos sociais, engenheiros e geólogos da Urbel atuam realizando vistorias nas vilas e favelas. As equipes da Assistência Social atuam na identificação, cadastro e atendimento às necessidades de proteção às famílias atingidas. 

Cabe destacar que apenas da regional Venda Nova choveu 51,5 mm em apenas 2 horas, o que representa mais de 15% do esperado para todo o mês de janeiro. 


Reconstrução das vias

A Subsecretaria de Zeladoria Urbana (Suzurb) está com mais de 80 pessoas, 27 caminhões e 5 retroescavadeiras executando os serviços de limpeza das vias, desobstrução e reconstituição das redes de microdrenagem (galerias e bocas de lobo) e recomposição dos pavimentos asfálticos. A previsão é de que, nos casos em que há necessidade de reconstituição do pavimento asfáltico, com recomposição de base e posterior recapeamento de trechos, como nas avenidas Tereza Cristina e Vilarinho, os serviços sejam concluídos até o próximo domingo, a depender das condições climáticas. 


Investimentos

A Prefeitura de Belo Horizonte vem investindo nos últimos anos em diversas intervenções que contribuíram para mitigar as enchentes na capital. 

Na região de Venda Nova, a obra da caixa de captação da Avenida Vilarinho concluída em 2021 tem área aproximada de 2.500 m² e capacidade de armazenar volume da ordem de 10 mil m³ (10 milhões de litros), com a função de drenar o excesso de águas sobre as vias durante os eventos chuvosos mais intensos. A PBH reitera que, obra muito importante, a caixa de captação melhorou muito a situação na região e, com a conclusão de um conjunto de obras, poderá minimizar os problemas em eventos severos de chuva. 

A primeira etapa das obras de tratamento de fundo de vale e contenção de cheias da bacia do Córrego do Nado (Sub-bacias Lareira e Marimbondo) foi concluída em janeiro de 2022. Foram feitas duas barragens de concreto no córrego Lareira com capacidade de armazenar 78 milhões de litros de água durante os eventos de chuvas fortes. Ao regular as vazões dos córregos Marimbondo e Lareira, melhorou a capacidade de escoamento do córrego Vilarinho. Foram investidos aproximadamente R$ 98 milhões neste empreendimento. 

Outra etapa de obras que estão em andamento na região, é a otimização do sistema de macrodrenagem dos córregos Vilarinho, Nado e Ribeirão Isidoro (TR 10 anos) com a implantação de dois Reservatórios Profundos - Vilarinho 2 e Nado 1, visando reduzir as inundações recorrentes na av. Vilarinho e rua Dr. Álvaro Camargos. Esses dois grandes reservatórios subterrâneos têm capacidade de armazenamento de aproximadamente 115 milhões de litros d’água cada um, incluindo a laje de conbertura. Logo, sem a estrutura, em eventos de fortes chuvas, esse volume fica sobre a via, causando possíveis danos. A PBH esclarece que o reservatório profundo Vilarinho 2 já apresenta funcionalidade armazenando cerca de 60 milhões de litros de água, evitando ocorrências de maior proporção. Estão sendo investidos R$ 263 milhões de recursos financiados pela Caixa Econômica Federal.



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