A febre maculosa voltou a preocupar autoridades de saúde em Minas Gerais em 2025. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde, já são 29 casos confirmados neste ano, com quatro mortes registradas. Os óbitos ocorreram nos municípios de Caeté (2), Matozinhos (1) e Pedro Leopoldo (1), todos na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Na capital mineira, cinco casos foram confirmados até o momento, e outros seguem em investigação. Segundo o secretário municipal de Saúde, a situação está “sob controle”, mas o monitoramento continua sendo intensificado em áreas de risco. No Estado, há pelo menos 13 casos em análise, e a taxa de letalidade chega a 13,7%.
Em Matozinhos, a prefeitura decretou estado de emergência em saúde pública após a confirmação de duas mortes pela doença. Já em Caeté, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizou ação contra o município e uma associação de cavaleiros, apontando risco sanitário em eventos que envolvem aglomeração de pessoas e presença de animais, favorecendo a circulação do carrapato-estrela, transmissor da doença. O MPMG também emitiu recomendação para que sejam adotadas medidas urgentes, como mapeamento de áreas de risco, monitoramento de vetores e campanhas educativas.
O que é a febre maculosa
A febre maculosa é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida pela picada do carrapato-estrela infectado. Os sintomas incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dores musculares, mal-estar, náuseas e, em alguns casos, manchas na pele, principalmente nas mãos e plantas dos pés. O início do tratamento precoce com antibióticos é fundamental para evitar complicações graves e reduzir a letalidade.
Ações de prevenção
Em Belo Horizonte, a Prefeitura reforçou as ações de vigilância epidemiológica e recomenda que a população redobre os cuidados em áreas de risco, como matas, pastagens e regiões com presença de cavalos, bois e capivaras. Orientações incluem:
Mobilização estadual
A Secretaria de Estado da Saúde tem realizado capacitações para médicos e enfermeiros em várias regiões de Minas, a fim de ampliar a vigilância e o manejo clínico da febre maculosa. O objetivo é garantir diagnóstico rápido e início imediato do tratamento, que deve começar antes mesmo da confirmação laboratorial.