05/11/2024 às 10h53min - Atualizada em 05/11/2024 às 10h53min
Três anos sem Marília Mendonça: saudade e memória após tragédia aérea
Marília, conhecida como "Rainha da Sofrência", deixou um legado marcante
da Redação
Divulgação Facebook Marília Mendonça Há três anos, a cantora Marília Mendonça faleceu em um trágico acidente aéreo, aos 26 anos, no dia 5 de novembro de 2021. Marília decolou de Goiânia em um jato particular com destino a Caratinga, em Minas Gerais, onde realizaria mais um show em sua intensa agenda. No avião, além da artista, estavam o produtor Henrique Ribeiro e seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho. Durante o sobrevoo pela zona rural de Piedade de Caratinga, próxima à cidade onde o avião pousaria, a aeronave, um bimotor Beech Aircraft de 1984, colidiu com cabos de uma torre de energia, causando a queda e a morte de todos os ocupantes.
A morte de Marília Mendonça provocou uma onda de comoção nacional. A cantora não apenas revolucionou o cenário musical com o chamado "feminejo", mas também abriu espaço para diversas artistas mulheres no sertanejo. A tragédia resultou em inúmeras homenagens de fãs, colegas, autoridades e artistas, manifestações que seguem até hoje.
A carreira de Marília Mendonça começou a despontar em 2014, com o lançamento de seu primeiro EP, que incluía sucessos como "Alô Porteiro", "O Que Falta em Você Sou Eu" e "Sentimento Louco". Em seguida, a artista firmou parcerias de destaque, como o single "Impasse", com a dupla Henrique & Juliano, e "Vou Levando a Minha", com Gusttavo Moura & Rafael. Ao longo da carreira, a cantora lançou sete álbuns e 11 EPs, além de dezenas de singles que conquistaram o público.
Marília Mendonça também foi reconhecida pela versatilidade ao colaborar com artistas de diferentes estilos e gerações. No sertanejo, teve uma relação próxima com Maiara e Maraísa, com quem desenvolveu o projeto “Festa das Patroas”, e colaborou com duplas como Bruno & Marrone e Zezé Di Camargo & Luciano. A cantora também experimentou parcerias fora do estilo sertanejo, incluindo artistas como Anitta e a mexicana Dulce María.
Sua contribuição à música se estendeu à composição, com sucessos interpretados por diversos nomes do sertanejo. O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) revelou, em 2022, que Marília Mendonça possuía 335 obras musicais e 444 gravações cadastradas em seu nome, consolidando-a como uma das artistas mais prolíficas e influentes de sua geração.
Para Vera Lúcia, 45 anos, moradora do bairro Mantiqueira em Venda Nova, "Marília é insubstituível, sua música toca direto aqui em casa". Já Antônio Marcos, 31, morador do bairro Candelária, reforça: "A saudade é grande. Suas letras falam por todos nós que sentimos a dor de amores e a força de seguir em frente."