O programa de capacitação “Foto & Tal: Oficina de Narrativa Fotográfica” está de volta! Na edição deste ano, serão realizadas quatro oficinas gratuitas e quatro exposições nos centros culturais espalhados por Belo Horizonte. E as inscrições para a primeira oficina abrem no próximo sábado, 10 de maio. São 25 vagas.
No Brasil, segundo a 35ª edição da Pesquisa Anual do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada (FGVcia) há 2,2 smartphones por pessoa. Ainda se acredita que arte e fotografia são para poucos e o programa quebra esse paradigma da nossa sociedade.
Na primeira turma, o “Foto & Tal” vai capacitar moradores da Região de Venda Nova, trazendo conteúdo sobre fotografia com celular, narrativa visual, edição, uso artístico e profissional da imagem, valorização do território e identidade. O bairro Jardim dos Comerciários e o entorno são palcos de crescentes iniciativas culturais e a iniciativa chega como uma resposta à invisibilização desses territórios na mídia tradicional, transformando celulares em ferramentas de resistência poética.
Dalila Pires, proponente e produtora, ressalta que levar essa oficina para Venda Nova é também reconhecer o valor cultural da região e incentivar que cada participante se torne autor da sua própria memória visual. “A gente acredita que toda pessoa carrega uma história potente — e que o celular pode ser uma ferramenta para narrar essas histórias com sensibilidade e beleza”, destaca.
Podem participar da Oficina maiores de 18 anos, havendo prioridade para os moradores de periferias ou favelas, pessoas negras, mulheres, LGBTQIA+ e PcD (com espectros de deficiência física). Ao final, haverá exposição fotográfica e cada participante recebe um certificado.
A coordenadora geral, Mônica Veiga, afirma que a cada nova edição, o compromisso de democratizar o acesso à linguagem fotográfica e valorizar os olhares que partem das periferias é reafirmado. “O ‘Foto & Tal’ é mais do que uma oficina: é uma oportunidade de aprendizado, de expressão e de reconhecimento das próprias vivências como potência criativa”, diz.
Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, por meio do Edital Multilinguagens - Fundo Municipal de Cultura / 2024.
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