Por causa da superlotação, o Hospital Risoleta Tolentino Neves, em Belo Horizonte, limitou temporariamente os atendimentos no pronto-socorro a partir desta segunda-feira (14). A medida afeta diretamente pacientes classificados como não-críticos, que serão orientados a buscar outras unidades da rede pública.
Às 14h desta segunda, o pronto-socorro da unidade já atendia 181 pessoas, enquanto a capacidade é de 90 pacientes simultâneos. A triagem agora prioriza casos de emergência, com risco de morte, e de muita urgência, que exigem atendimento imediato.
A alta demanda por pacientes em estado grave, registrada desde sexta-feira (11), impactou a capacidade de atendimento. Em resposta, a diretoria acionou a Rede de Urgência e Emergência da capital, solicitando apoio no encaminhamento de pacientes para outras unidades do SUS.
O hospital garante que os usuários que já estão internados continuam sendo assistidos. Medidas internas estão sendo adotadas para reavaliar pacientes, agilizar exames e promover altas seguras, com o objetivo de liberar espaço e normalizar o fluxo de atendimento.
Pacientes que passarem pela triagem e forem classificados como não críticos serão orientados a procurar outra unidade de saúde. Aqueles que decidirem permanecer na unidade serão informados sobre as limitações no atendimento.
Em nota, o hospital reconheceu o transtorno para a população, mas afirmou que mantém o compromisso de garantir a segurança e qualidade da assistência prestada.
A situação não é inédita. Em 22 de janeiro, a unidade também suspendeu o atendimento a novos pacientes alegando falta de estrutura física para absorver a demanda.
Durante reunião do Assembleia Fiscaliza, em 4 de junho, o secretário estadual de Saúde, Fábio Bacheretti, declarou que o funcionamento do hospital não será afetado por eventual federalização. A afirmação foi dada após questionamentos de deputados sobre o futuro da unidade. O hospital é uma das principais referências em urgência e emergência de Belo Horizonte e da Região Metropolitana