O mês de novembro traz, mais uma vez, uma pauta fundamental de saúde pública: a campanha Novembro Azul, que busca conscientizar e incentivar homens a cuidarem da saúde e, principalmente, realizarem exames periódicos de prevenção ao câncer de próstata — o segundo tipo de câncer mais comum entre o público masculino no Brasil, atrás apenas do câncer de pele não melanoma.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), milhares de novos casos são registrados todos os anos no país. Embora seja uma doença com alta chance de cura quando descoberta no início, grande parte dos diagnósticos ainda acontece de forma tardia, quando o tumor já avançou e o tratamento se torna mais complexo.
Especialistas ressaltam que a rotina de consultas e exames deve fazer parte da vida do homem, especialmente a partir dos 50 anos. Para quem tem histórico familiar — pai, avô ou irmão com câncer de próstata — o monitoramento deve começar mais cedo, a partir dos 45 anos.
Urologistas e entidades ligadas à saúde apontam um obstáculo histórico: o preconceito e o tabu. Muitos homens ainda evitam o consultório, especialmente por medo, vergonha ou desinformação. Isso abre espaço para diagnósticos tardios — justamente o que a campanha quer evitar.
Buscar avaliação não tira masculinidade de ninguém. Pelo contrário: cuidado, prevenção e atenção à própria saúde são atitudes maduras e responsáveis.
O Novembro Azul não é apenas um mês. É um chamado para mudar comportamentos e salvar vidas.
Diagnóstico precoce faz diferença e pode salvar até 9 em cada 10 pacientes.