04/12/2024 às 18h04min - Atualizada em 04/12/2024 às 18h04min

Envenenamento fatal: menino de 12 anos morre e tragédia familiar aumenta e comove o Jardim dos Comerciários

Os irmãos passaram mal após consumirem uma refeição caseira preparada pela própria mãe

Divulgação PC

A tragédia que abalou os moradores do bairro Jardim dos Comerciários ganhou mais um capítulo de dor. Após a morte precoce de Isadora dos Santos Oliveira, de apenas 18 anos, no dia 24 de novembro, seu irmão mais novo, Moisés dos Santos Oliveira, de 12 anos, perdeu a batalha pela vida nesta terça-feira (3), após 13 dias de agonia no Hospital João XXIII. O drama familiar agora é marcado por suspeitas.

Os irmãos passaram mal após consumirem uma refeição caseira preparada pela própria mãe, de 40 anos, que está presa, acusada de envenenamento. Segundo as primeiras investigações, o pesadelo começou em 20 de novembro, quando ambos apresentaram sintomas graves de intoxicação após comerem arroz, feijão, chuchu e frango. A mãe, em depoimento, disse não ter comido por "falta de apetite".

O pai, separado da mãe há cinco meses, foi chamado às pressas para socorrer os filhos e os levou à UPA Venda Nova. Com o agravamento do quadro, eles foram transferidos para o João XXIII. A tragédia que chocou a cidade ganhou novos contornos quando ele revelou, em depoimento, que 15 dias antes também passou mal após consumir café preparado pela mãe em um sítio da família. Espasmos, diarreia e vômitos intensos o fizeram suspeitar. Além disso, relatou que, nos meses anteriores, os filhos apresentavam episódios frequentes de mal-estar.

A polícia se debruça sobre as provas. Materiais recolhidos na casa da família estão sob análise técnica, enquanto a comunidade espera respostas. A mãe, que foi presa em flagrante no dia 24 de novembro, teve sua prisão preventiva decretada e está detida no Presídio de Vespasiano. Se condenada, poderá enfrentar mais de 30 anos de reclusão por homicídio qualificado e tentativa de homicídio.

A defesa da mãe expressou preocupação com as acusações, afirmando que não há provas concretas que a incriminem e ressaltando o princípio da presunção de inocência. 

O bairro, perplexo, tenta entender como uma tragédia de tamanha proporção surgiu dentro de uma família. Enquanto as investigações avançam, os moradores convivem com o peso de uma história marcada por suspeitas e dor.


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