Golpistas usam falsas entregas dos Correios para aplicar golpe com selfie do rosto

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Criminosos estão utilizando um novo método de fraude, no qual se passam por entregadores dos Correios para aplicar golpes de roubo de identidade. A armadilha começa com uma suposta entrega em domicílio. No momento do recebimento, o golpista pede que a vítima tire uma selfie segurando o pacote — prática que não é adotada pelos Correios.

Segundo relatos, os falsos entregadores insistem que a foto é parte de um novo "procedimento de segurança" ou "confirmação de recebimento", e podem solicitar ainda que a vítima retire óculos ou acessórios para melhorar a nitidez da imagem. Há casos em que o golpista pede até uma segunda foto com o rosto mais próximo da câmera.
Com essas imagens, os criminosos utilizam tecnologias de reconhecimento facial para fraudar cadastros em bancos, aplicativos e serviços digitais. Em muitos sistemas, o rosto funciona como uma assinatura biométrica, sendo suficiente para abrir contas, solicitar cartões, empréstimos ou até movimentar valores.

Imagem usada para golpes financeiros

Especialistas em segurança digital alertam que o reconhecimento facial se tornou um dos principais alvos de golpes, principalmente entre pessoas idosas, que representam um dos grupos mais vulneráveis. Com fotos em alta resolução, os criminosos conseguem simular a biometria facial em sistemas que não têm validação dupla ou confirmação adicional de identidade.

Além disso, a prática de pedir selfie não faz parte dos protocolos de entrega dos Correios, que exige apenas a apresentação de documento com foto e assinatura no ato do recebimento.

Como se proteger

A orientação é clara: nunca tire fotos do rosto ou forneça biometria a desconhecidos. Em caso de dúvida sobre uma entrega, o destinatário deve entrar em contato diretamente com os canais oficiais dos Correios.

Caso a vítima perceba que foi enganada, a recomendação é procurar a polícia, registrar um boletim de ocorrência e entrar em contato com o banco ou instituição possivelmente envolvida na fraude. Também é indicado monitorar o CPF para verificar se há tentativas de abertura de contas ou serviços em nome da vítima.