PBH assume gestão do Anel Rodoviário e anuncia pacote de intervenções para reduzir acidentes e melhorar mobilidade

Anel Rodoviário ocupa desde 2014 o topo da lista das vias mais perigosas da cidade

03/06/2025 15h33 - Atualizado há 1 dia
PBH assume gestão do Anel Rodoviário e anuncia pacote de intervenções para reduzir acidentes e melhorar
Divulgação / DER

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) oficializou nesta terça-feira (3) a municipalização do Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo. A transferência da gestão foi firmada em cerimônia com a presença do ministro dos Transportes, Renan Filho, e do prefeito Álvaro Damião. A via, com 26,2 km de extensão, conecta as BRs 040, 262 e 381 e é uma das principais rotas para veículos de carga que cruzam a capital mineira.

Durante o evento, Renan Filho anunciou que o Anel deverá ser rebatizado como “Anel Rodoviário Fuad Noman”, em homenagem ao ex-prefeito de Belo Horizonte, falecido em março deste ano após complicações de um câncer. A proposta foi acolhida por Álvaro Damião, que confirmou a intenção de oficializar a mudança como reconhecimento ao papel de Noman na articulação da municipalização da via.

Conhecido pelo alto número de acidentes fatais, o Anel Rodoviário ocupa desde 2014 o topo da lista das vias mais perigosas da cidade. Entre janeiro e abril deste ano, foram registrados 1.473 acidentes — uma média de 12 por dia — segundo dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG). O volume representa aumento de 11% em relação ao mesmo período de 2024, quando ocorreram 1.325 ocorrências.

A expectativa é que, com a nova administração, esse cenário comece a mudar. A PBH passa a ter autonomia para realizar intervenções diretas na via. Estão previstos investimentos da ordem de R$ 110 milhões, com foco nas seguintes ações:

  • Recapeamento completo da pista;
  • Construção de viadutos em pontos críticos;
  • Instalação de 40 radares e câmeras de monitoramento;
  • Redução do limite de velocidade para até 70 km/h, com fiscalização eletrônica.

Segundo a prefeitura, a atual velocidade máxima permitida, de 80 km/h, será reavaliada. A proposta é que o novo limite não ultrapasse 70 km/h, reforçando a segurança viária. Os 40 pontos de fiscalização eletrônica, hoje sob responsabilidade do governo federal, passarão ao controle da administração municipal.

A BHTrans será a responsável pela gestão da via, em articulação com as regionais Barreiro, Pampulha e Leste/Nordeste e com o apoio da Guarda Municipal. Um centro operacional será montado no antigo aeroporto Carlos Prates, com guinchos e estruturas móveis para atendimento rápido a acidentes.

Confira a lista de obras previstas:

  • Viaduto da BR-040: novas alças e construção de novo viaduto sobre o Anel.
  • Av. Amazonas: alargamento do viaduto existente, dois novos viadutos, alças e passarela.
  • Av. Presidente Antônio Carlos: ampliação da estrutura atual, novas alças e passarela.
  • Bairro Betânia (pontilhão ferroviário): novo viaduto, ampliação da travessia, alças e passarela.
  • Av. Tereza Cristina: novo viaduto, alargamento e construção de alças e passarela.
  • Praça São Vicente: quatro novos viadutos e conexões viárias.
  • Av. Pedro II: implantação de dois novos viadutos e alças.
  • Av. Cristiano Machado: ampliação do viaduto existente e implantação de nova estrutura.

 


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