Traficante procurado é preso em Venda Nova com drogas escondidas em bolsa de bebê

Operação da Rotam intercepta um dos criminosos mais procurados de Minas Gerais

29/07/2025 17h47 - Atualizado há 16 horas
Traficante procurado é preso em Venda Nova com drogas escondidas em bolsa de bebê
Divulgação / PMMG

A Polícia Militar prendeu, nesta segunda-feira (28), um dos traficantes mais procurados de Minas Gerais. Identificado como Alisson Miranda, conhecido como “Lacoste”, ele foi flagrado no bairro Céu Azul, em Venda Nova, usando a mulher e a filha de 5 meses como disfarce para transportar drogas. Segundo a polícia, Lacoste é apontado como gerente do tráfico no aglomerado Mãe dos Pobres e ocupava a quarta posição na hierarquia criminosa da região.

A abordagem ocorreu após monitoramento dos militares do Batalhão Rotam. Em um vídeo registrado por celular, o suspeito aparece caminhando com a esposa e a filha rumo a um carro. A cena, aparentemente comum, escondia o esquema: a bolsa do bebê estava carregada com mais de 700 pinos de cocaína.

Ao ser abordado, Lacoste não ofereceu resistência. Com ele, os policiais encontraram uma arma na cintura. A apreensão da droga causou surpresa até aos agentes: “Eles imaginaram que, com uma mulher e um bebê no carro, não despertariam suspeitas. Mas conseguimos interceptá-los no momento certo”, disse um dos militares envolvidos.

O suspeito ainda indicou aos policiais dois endereços usados como depósitos. Em um deles, a PM encontrou mais drogas, uma pistola 9 mm e um carregador do tipo “caracol”, com capacidade para 50 disparos — armamento comum em conflitos entre facções em aglomerados urbanos.

No total, foram apreendidos mais de 5.200 pinos de cocaína, buchas de maconha, haxixe, cadernos com anotações do tráfico, cerca de R$ 1.500 em espécie e o veículo usado por Lacoste. A estimativa da Polícia Militar é que o prejuízo causado ao tráfico chegue a R$ 300 mil.

Além das acusações por tráfico de drogas, Lacoste tinha mandado de prisão em aberto por homicídio e era conhecido por impor regras na favela, segundo os investigadores. “Era tratado como xerife. Quem descumpria as ordens, pagava com a vida”, afirmou um oficial da corporação.

Com a prisão, a PM acredita que o esquema criminoso sofrerá um impacto duradouro. “Foi um golpe significativo. A estrutura do tráfico vai levar tempo para se reorganizar, porque continuamos atuando firme para que o crime não se fortaleça em nossa cidade”, concluiu o policial.

 


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