Estão abertas até 1º de agosto as inscrições para o Juventude S.A – Juventude Salvadora do Ambiente, programa gratuito de formação em produção cinematográfica documental com foco em questões ambientais e sociais. A iniciativa é voltada a jovens de 18 a 24 anos, com prioridade para moradores de bairros periféricos de Belo Horizonte, e será realizada com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.
O projeto, idealizado pela Atlântico Filmes, une cinema, ecologia e diversidade, com o objetivo de estimular a consciência ambiental e o protagonismo juvenil por meio da linguagem audiovisual. As aulas serão ministradas em centros culturais da capital. A primeira turma funcionará no Centro Cultural Venda Nova, localizado na Rua José Ferreira dos Santos, 184, Jardim dos Comerciários.
Serão oferecidas duas turmas com até 20 vagas cada. O curso terá 82 horas de atividades teóricas e práticas, com aulas às segundas, quartas e sextas-feiras, das 19h às 22h, entre os meses de agosto e setembro. Os participantes aprenderão desde fundamentos do cinema documental e temas ambientais até roteiro, direção, fotografia, som e edição. Ao final, quem tiver ao menos 70% de presença receberá certificado.
O processo seletivo inclui ações afirmativas, priorizando mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência. Segundo as organizadoras, a proposta é formar uma geração capaz de contar suas próprias histórias com sensibilidade, técnica e consciência crítica.
Para a produtora Mônica Veiga, o curso representa uma oportunidade real de transformação. “Ver jovens se apropriando das ferramentas do cinema para refletir sobre o meio ambiente e seus territórios é um privilégio. Estamos plantando sementes de pertencimento e mudança”, afirma.
A coordenadora Dalila Pires destaca o impacto da formação em um contexto de crise ambiental. “Formar jovens das periferias para documentar suas realidades é resistir e reexistir. A oficina dá voz, câmera e poder de criação a quem por muito tempo foi silenciado”, diz.
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